quinta-feira, 29 de setembro de 2016

 
COLEGIO ESTADUAL PROFESSOR EDILSON SOUTO FREIRE - CEPESF
Disciplina: Fisica
Ano:Turma: B Turno: Matutino

 Vetores Aplicados na Geologia


Docente: Samuel Nunes de Santana

Discentes:
Camila Ferreira Franco
Camila Victória da Silva Oliveira
Cassia Mota dos Santos
Catarina Souza Oliveira
Elisangela Cristo Dias
 Geisa Andrade Sousa



Dias D’Ávila-BA
2016






Trabalho apresentado ao Colégio Estadual Professor Edilson Souto Freire – CEPESF, como requisito parcial para a disciplina de Física. Orientador: Docente Samuel Nunes de Santana.




 Resumo:
Este trabalho apresenta a geologia estrutural que estuda a geometria dos corpos rochosos, sua distribuição espacial em três dimensões, e os processos de deformação que produzem as estruturas geológicas. Força ou tração: Agente responsável pelos movimentos das rochas submetendo-as a solicitações diversas. Caso a solicitação seja tangencial ocorre o cisalhamento, que pode ser subdividido em componente normal (sn) e componente de cisalhamento (ss). Vetor é um quantitativo que possui magnitude e direção. Tensor é um quantitativo usado para descrever a propriedade física de um material. Tanto o stress quanto o strain são materializados por elipsoides utilizados para representação espacial da tensão e da deformação, cujos eixos são inversamente proporcionais. O termo tensor é, em Mecânica das Rochas, aplicado a vetores e, em especial, a matrizes. Podemos considerar as grandezas escalares como tensores de ordem zero, vetores como tensores de primeira ordem e matrizes como tensores de segunda ordem. Assim, para os nossos propósitos, os termos matriz e tensor de segunda ordem são idênticos.
Palavras Chaves: Geologia estrutural. Deformação. Cisalhamento. Tensor. Vetores.







Vetores Aplicados na Geologia
Introdução
Os vetores estão mais aplicados na geologia estrutural. A geologia estrutural estuda a geometria dos corpos rochosos, sua distribuição espacial em três dimensões, e os processos de deformação que produzem as estruturas geológicas.
O deslocamento de um determinado ponto de um objeto geológico é definido pelo vetor que se une quando indeformado ao mesmo quando deformado, não importando a trajetória executada.
O estado de tensão propicia deformação/movimentação (cinemática) e resulta na forma final (geométrica) da rocha.

Desenvolvimento
Força ou tração: Agente responsável pelos movimentos das rochas submetendo-as a solicitações diversas. Caso a solicitação seja tangencial ocorre o cisalhamento, que pode ser subdividido em componente normal (sn) e componente de cisalhamento (ss). A intensidade da força (ou tração) depende da área da superfície por onde é distribuída.
Conceitos:
Stress significa “tensão “ou “esforço”. A tensão é a força/área (N/m2) necessária para produzir strain.
 Strain significa “deformação". É uma grandeza escalar medida somente pelo comprimento.
Vetor é um quantitativo que possui magnitude e direção. Tensor é um quantitativo usado para descrever a propriedade física de um material. Tanto o stress quanto o strain são materializados por elipsoides utilizados para representação espacial da tensão e da deformação, cujos eixos são inversamente proporcionais.
Um corpo rochoso está submetido a dois esforços, o litostático (similar à força da gravidade) e o tectônico. Ambos podem ser representados por elipsoides de tensão.
Em geral no interior de um grande corpo geológico, a orientação do stress varia de lugar para lugar, dependendo de vários fatores (espessura da crosta, reologia do material, natureza de estruturas pretéritas, existência de descontinuidades). Essa variação é conhecida como campo de tensão, que pode ser representado e analisado pelo digrama da trajetória de stress.
Para explicar melhor a geologia estrutural, podemos ver o ciclo das rochas:
Existem três tipos de rochas: ígneas, metamórficas e sedimentares. Sendo assim, elas estão constantemente alterando suas características, mudando de um tipo para outro, em um processo cíclico denominado de ciclo das rochas.
Transformação das Rochas Ígneas em sedimentares:
Por se tratar de um ciclo fechado, não é possível dizer onde está o seu início e onde está o seu fim. Entretanto, para entendermos bem o processo, vamos considerar o começo do ciclo na transformação das Rochas Ígneas.
Com os movimentos da terra, muitas rochas ígneas que se formam há muitos quilômetros abaixo da superfície acabam emergindo, ao longo de milhões de anos. Essas rochas acabam sofrendo a ação dos agentes externos, como a água, os ventos, a exposição ao sol e às chuvas, entre outros.  Com isso, a rocha vai mudando as suas características.
Esse processo de transformação do solo por agentes externos é denominado intemperismo e o seu resultado são as rochas sedimentares.

Transformação das rochas sedimentares em metamórficas:
Com o tempo, as camadas da terra vão se sobrepondo e essas rochas sedimentares vão se acumulando em profundidades cada vez maiores. Com isso, passam a sofrer com a pressão da terra e de seu extremo calor interno, tornando-se mais duras e passando a serem chamadas de rochas metamórficas.

Transformação das rochas metamórficas em ígneas:
Como continuação desse processo, as rochas metamórficas podem sofrer ainda mais com o calor e pressão da terra, de tal forma que elas podem começar a derreter, formando as lavas. Com o endurecimento dessas lavas, temos novamente a formação das rochas ígneas. O processo de derretimento das rochas é chamado de fusão.
Transformações diretas:
É possível, também, que uma rocha ígnea volte a sofrer com o metamorfismo e se torne novamente metamórfica. Assim como também é possível que as rochas metamórficas, ao invés de se aquecerem ainda mais, apareçam na superfície, sofrendo as ações do intemperismo e se transformando em rochas sedimentares.
Vetores, Matrizes e Tensores
Uma grandeza escalar é um número real que pode indicar temperatura, massa, densidade, velocidade ou qualquer outra grandeza física que não dependa da direção. Um vetor tem magnitude (comprimento) e direção, tais como, por exemplo, a força, a tração (vetor de esforço) ou a velocidade. Uma matriz é um arranjo bidimensional de números (3 x 3 ou 2 x 2 na maioria das aplicações geológicas, o que significa que elas utilizam nove ou quatro componentes). Matrizes podem representar o estado de esforços ou de deformação em um meio.
O termo tensor é, em Mecânica das Rochas, aplicado a vetores e, em especial, a matrizes. Podemos considerar as grandezas escalares como tensores de ordem zero, vetores como tensores de primeira ordem e matrizes como tensores de segunda ordem. Assim, para os nossos propósitos, os termos matriz e tensor de segunda ordem são idênticos. Entretanto, há outros casos em que os números são arranjados em matrizes que não são tensores, como no campo da economia.
Uma propriedade importante do tensores é a sua independência de qualquer contorno de referência, isto é, a “quantidade” representada pelo tensor (como o estado de esforços ou de deformação em um ponto qualquer de um dado volume) permanece a mesma, independentemente da escolha do sistema de coordenadas. Dessa forma, um vetor terá o mesmo comprimento e magnitude em dois sistemas de coordenadas diferentes, mesmo que seja representado por números diferentes.


Conclusão
Um tensor pode ser definido como um único ponto ou um conjunto de pontos isolados; pode ser determinado, ainda, ao longo de um continuo de pontos isolados; pode ser determinado, ainda, ao longo de conjunto de pontos sob a forma de um campo (campo escalar, vetorial etc.). Neste último caso, os elementos do tensor são funções de posição. E ele forma o que denominamos campo de tensor. Isso significa que tensor é definido em cada ponto de uma região do espaço (ou espaço-tempo), e não apenas em um ponto ou conjunto de pontos isolados.
Como o estado de esforços irá variar de um ponto a outro na litosfera, o elipsoide de esforços e o tensor de esforços também sofrerão modificações. Isso nos leva ao conceito de campos de tensores. Dessa forma, uma descrição completa do estado de esforços de um dado volume de rocha é dada por um campo de tensor.









Referências:


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